Elysium, o novo filme de Wagner Moura em Hollywood

No ano de 2154, o mundo está dividido entre os muito ricos, que vivem na gigantesca base espacial Elysium, e os muito pobres, que transformaram o planeta Terra em uma imensa favela. Esse é o mote do filme Elysium, que marca a estreia de Wagner Moura em Hollywood.
O longa-metragem estava até ontem repleto de segredos. Pouquíssimas fotos da produção foram divulgadas e menos ainda foi falado sobre o roteiro. Ontem, 8 de abril à noite, porém, um pouco dessas dúvidas foram desfeitas. Para um público composto de jornalistas e formadores de opinião, o ator Wagner Moura e a atriz Alice Braga, que também está na produção, apresentaram para a imprensa dez minutos do longa-metragem.
Elysium foi escrito e dirigido pelo cineasta sul-africano Neil Blomkamp, de 33 anos. Ele ficou famoso em 2009, quando tinha apenas 29 anos e dirigiu o badalado Distrito 9, também de ficção científica. — Foi a primeira vez que eu trabalhei com um diretor mais novo do que eu — disse Wagner Moura.
Segundo a distribuidora Sony, as cenas exibidas ontem ainda não tinham sido mostradas para ninguém em nenhum lugar do mundo. No Brasil, a previsão de estreia é de 20 de setembro. O filme tem orçamento de US$ 120 milhões.



Nos dez minutos de projeção de Elysium foi possível observar um planeta Terra extremamente pobre. Nele, o personagem Max da Costa, interpretado por Matt Damon, é um ex-presidiário que quer tentar mudar de vida. Um problema no trabalho, porém, faz com que ele fique à beira da morte. Sem alternativa, Max procura o fora-da-lei Spyder (interpretado por Wagner Moura).
— Ele é uma mistura de revolucionário, fora-da-lei e coiote (pessoa que ajuda imigrantes a entrarem ilegalmente nos países estrangeiros – no caso, em Elysium). O personagem de Matt Damon quer se enquadrar no sistema, mas Spyder não — explica o ator.
Além de Matt Damon, está no elenco também a atriz Jodie Foster, porém segundo Wagner Moura, eles tiveram pouco contato com ela.
Para salvar Max, Spyder implanta nele uma espécie de corpo biônico e junto com outros revolucionários bolam um plano para roubar os dados do cérebro de um importante habitante de Elysium. O plano dá certo, porém, as forças armadas irão caçá-los em uma busca frenética pelo planeta e também na base espacial. Efeitos especiais muito bem elaborados, veículos futuristas, policiais androides, uma Terra devastada e uma moderna estação espacial fazem parte dos cenários.
Alice Braga interpreta a enfermeira Frey, que vive na Terra e luta para criar sua filha. De acordo com a atriz, foi Wagner Moura quem a apresentou ao diretor. — O Neil me perguntou se eu conhecia alguma atriz latina. Na hora eu pensei na Alice, claro — diz Wagner.


Se este filme é a estreia de Wagner Moura em Hollywood, para Alice Braga é apenas mais uma produção internacional em seu extenso currículo de filmes internacionais e de ficção científica. Alice já atuou em papeis de destaque em super-produções como Repo Men – O Resgate de Órgãos (com Jude Law e Forest Whitaker), O Ritual (com Anthony Hopkins), Eu Sou a Lenda (com Will Smith) e Predadores (com Laurence Fishburne). — Eu nunca imaginei na minha carreira que atuaria em filme em que eu fujo de um alien com cabelo dreadlock — disse Alice, em referência a Predadores.
Para falar com a imprensa, a atriz deu um tempo nas filmagens de El Ardor, que estão sendo feitas na Argentina. Neste longa ela atua ao lado de Gael García Bernal e Chico Díaz. O longa é dirigido pelo argentino Pablo Fendrik e conta uma história de sobrevivência na Amazônia.
— Minha personagem em Elysium é uma amiga de infância de Max. Ela é a mocinha do filme. Ela não é brasileira. O Neil pediu para eu fazer um sotaque meio espanhol — esclareceu Alice.
Como este foi o primeiro trabalho em Hollywood de Wagner, ele destacou a importância da presença de Alice Braga no set. — Ela é minha amiga, uma atriz experiente e me explicou todo o processo — disse o ator.
Para Wagner, seu personagem é um brasileiro que fala com sotaque — O diretor queria isso. Eu fiz uma voz meio diferente e disse para o diretor se era isso que ele imaginava. Ele respondeu que não, mas falou que tinha ficado ótimo e que era para eu fazer assim. Então, eu não tive dificuldade com o inglês — destaca Wagner.
Para Alice e Wagner, os filmes de Neil Blomkamp são metáforas da história da África do Sul — O primeiro filme dele, Distrito 9, é uma metáfora do Apartheid. Elysium, por outro lado, é uma metáfora das desigualdades sociais — disse Alice Braga.


Fonte: R7
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