Não é de hoje que beleza e sacrifícios caminham juntos. Casos como o da modelo que não consegue sorrir depois de mais de 300 plásticas são recentes, mas alguns costumes medievais em prol da estética já causaram acidentes e levaram mulheres a óbito. Veja na galeria acima os padrões de beleza que fazem mulheres se colocarem em risco
A barriga negativa virou polêmica depois de uma foto publicada no Instagram pela modelo Candice Swanepoel. De acordo com o médico endocrinologista Henrique Suplicy, o padrão de beleza não é saudável.
— A barriga negativa é um outro nome para anorexia nervosa. Para ficar desse jeito, é preciso estar com o Índice de Massa Corporal lá embaixo.
Para o médico endocrinologista Mario Scharf, considerar a barriga negativa algo belo e almejado é perigoso.
— Acho preocupante esse tipo de situação porque o único jeito de não ter barriga é fazendo Photoshop
Cinturinha fina faz parte do desejo de muitas mulheres contemporâneas. De Paula Fernandes a Andressa Urach, muitas apelam para o uso de espartilho para reduzir medidas. Mas usá-lo por muitas horas e com frequência pode causar problemas de saúde, de acordo com o ortopedista especializado em coluna Marcelo Ítalo Risso Neto, do Hospital Paulistano.
— Ele comprime o abdômen, eleva o diafragma e pode ocasionar refluxo gastroesofágico e infecções pulmonares. Por comprimir a veia cava, ele também compromete os membros inferiores podendo causar inchaço e favorecer a trombose.
A alemã Michele Kobke passou três anos usando espartilho até mesmo para dormir, e com uma cinturinha de 40 centímetros, sente falta de ar e sequer consegue comer refeições inteiras
— Ele comprime o abdômen, eleva o diafragma e pode ocasionar refluxo gastroesofágico e infecções pulmonares. Por comprimir a veia cava, ele também compromete os membros inferiores podendo causar inchaço e favorecer a trombose.
A alemã Michele Kobke passou três anos usando espartilho até mesmo para dormir, e com uma cinturinha de 40 centímetros, sente falta de ar e sequer consegue comer refeições inteiras
O pé de lótus foi moda na China até o começo do século XX. Mulheres encaixavam os pés em minúsculos sapatinhos durante anos, até que ficassem completamente deformados. A prática impedia as adeptas até mesmo de caminhar médias e longas distâncias.
Uma pesquisa do Data Popular divulgada em 2012 revelou que aproximadamente 40% das mulheres brasileiras preferem os cabelos lisos, embora a maioria da população tenha as madeixas onduladas ou cacheadas. Por isso, métodos de alisamento são frequentes nos salões de beleza e nas lojas de cosméticos, embora alguns deles provoquem queimaduras e perda dos cabelos.
A cabeleireira Silvana Lima, do Studio W, garante que já viu isso acontecer muitas vezes com quem utiliza as químicas sem conhecer os riscos e cuidados.
A cabeleireira Silvana Lima, do Studio W, garante que já viu isso acontecer muitas vezes com quem utiliza as químicas sem conhecer os riscos e cuidados.