Menina é atacada a machadadas pelo irmão porque fugiu de casamento com homem 50 anos mais velho

Depois que seu irmão tentou acabar com sua vida a golpes de machado, sob a justificativa de que ela teria “desonrado” sua família ao fugir de um casamento forçado, uma menina paquistanesa de 17 anos afirmou que preferia não ter resistido ao ataque.
Quando tinha 12 anos, Gul Meena, ao invés de ser mandada para uma escola foi obrigada a se casar com um homem de 60 anos de idade. O marido a espancava Gul diariamente, e, ainda que a menina implorasse e chorasse pedindo para ele parar, o homem insistia na violência.
“Se eu reclamasse para meus parentes, eles me batiam também”, disse a menina à rede de TV CNN. “Eles me diziam que eu deveria permanecer em casa com meu marido, alegando que era esta a minha vida.”
Em novembro do ano passado, depois de cinco anos de casamento, Gul arrumou as malas e fugiu de seu marido acompanhada de um jovem afegão. “Tentei me matar tomando veneno diversas vezes, mas nunca funcionou”, ela conta. “Eu odiava minha vida e tinha que escapar.”
“Quando eu fugi, eu sabia que isso poderia ser perigoso. Eu sabia que meu marido e minha família procurariam por mim, mas nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer. Pensei que eu tinha à frente um futuro brilhante.”
Após a fuga dela com o outro rapaz, foi apenas questão de dias até que seu irmão os encontrasse. Ele, então, golpeou o namorado da menina até a morte com um machado, e usou a mesma arma para atacá-la 15 vezes.




Acreditando ter matado também a irmã, o jovem voltou para a casa da família de Gul, deixando-a em uma poça de sangue em sua cama, com parte de seu cérebro pendendo para fora de seu crânio partido.
Mesmo tendo perdido muito sangue, cirurgiões do Nangarhar Regional Medical Centre conseguiram salvar a vida da menina. Gul estava viva, mas o problema de ter sido renegada pela família, no entanto, continuava. Nem mesmo as autoridades paquistanesas se dispunham a ajudá-la. No hospital, os médicos bancaram seus remédios por dois meses, até que a entidade de caridade Women for Afghan Women levou Gul para um abrigo em Kabul. Manizha Naderi, diretora executiva da entidade, conta que no começo de sua recuperação Gul não conseguia se alimentar, e tinha que usar fraldas. “Tentei me matar outras tantas vezes desde que cheguei ao abrigo, mas eles não deixaram. Quando me olho no espelho, é automático colocar uma das mãos no rosto para cobrir os ferimentos. As pessoas me dizem que não preciso fazer isso, mas eu me sinto muito humilhada.”



Fonte: R7
Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Postar um comentário