Fotógrafo retrata o avanço do câncer em sua esposa, até a morte

Provavelmente uma das séries mais fortes, pesadas, tristes e amorosas que eu já vi. Quando comecei a ver as primeiras fotos da série fiquei com uma sensação meio “pô, que sacanagem isso” mas ao progredir na série, vi o amor através das fotos, os momentos de alegria e luta e a parceria de ficar com a pessoa seja qual for a circunstância.
Angelo Merendino conta em seu site *My wife’s fight with breast cancer* que a primeira vez que ele viu Jennifer, ele soube que ela era a mulher de sua vida. Seis meses depois ele a pediu em casamento e menos de um ano depois já estavam casados.




Cinco meses depois, Jennifer foi diagnosticada com câncer de mama. Ele conta que lembra do exato momento, da voz de Jennifer e da sensação de dormência que o atingiram quando ficou sabendo e de como esta sensação nunca foi embora. Ele também nunca se esqueceu de como se olharam e se deram as mãos e disseram um para o outro que estavam juntos e que ficariam bem.
Com cada desafio, eles ficaram mais próximos e palavras perderam a importância. Foram 4 anos de batalha, de dores, de olhares, de apoio, de amigos especiais, de internações, tratamentos em que Jen ensinou Angelo a amar, escutar, dar e acreditar em si mesmo e nos outros. Apesar da situação ele conta que ele nunca foi tão feliz, quanto nestes anos.
As pessoas presumem que os tratamentos deixam você melhor, que tudo fica bem e que sua vida volta ao normal. Entretanto, não existe normalidade na terra do câncer. As fotos de Angelo procuram retratar o dia-a-dia dele e sua esposa, na esperança de humanizar o rosto do câncer e o rosto de sua Jen.
Elas representam os desafios, as dificuldades, medo, tristeza e solidão que enfrentaram, que Jennifer enfrentou enquanto lutava contra a doença. Mas o mais importante de tudo, elas representam o amor de Angelo e Jennifer.
Angelo diz que estas fotos não definem quem são, mas que são quem eles são.
Câncer é uma doença comum e com essa série o fotógrafo espera que na próxima vez que você conhecer alguém que o tenha, que quando perguntar para a pessoa como ela se sente, você compreenda com empatia e preocupação sincera a sua resposta.
É difícil segurar as lágrimas vendo esta série, ainda mais se você passou pelo processo de ter alguém próximo que batalhou contra esta doença. Via Mistura Urbana
















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